Luís Gama, Patrono da Abolição, da Escravidão do Brasil.
Essa é a foto de Luís Gama, abolicionista, orador, jornalista, escritor e o Patrono da Abolição da Escravidão do Brasil.
Filho de uma mãe liberta e pai português, Luís nasceu livre na Bahia, em 21 de junho de 1830. Com uma infância conturbada, sua mãe nunca mais foi vista após ela viajar para o Rio de Janeiro participar da revolta da Sabinada (movimento separatista que ocorreu entre 1837-1838 na Bahia). Posteriormente, Luís foi vendido como escravo pelo seu pai que estava endividado com jogos de azar. Foi para São Paulo aos 10 anos e trabalhou como escravo doméstico. Aos 17 anos aprendeu a ler, e assim, conseguiu provar aos tribunais que era mantido como escravo injustamente e que, portanto, deveria ser posto em liberdade.
Livre, Luís passou atuar como rábula (pessoa que advoga que não há formação em direito) conseguindo libertar mais de 500 escravos, tal como dizia a Lei Feijó. A Lei Feijó foi a primeira lei a proibir a importação de escravos no Brasil, além de declarar livres todos os escravos trazidos para o território brasileiro, com algumas exceções. Embora a lei não fosse cumprida, Luís utilizou esse instrumento legal para conseguir a libertação de escravos. O chamado "estilo Gama" consistia em provar por meio de processo judicial que os negros escravizados defendidos por ele foram trazidos ilegalmente para o Brasil.
Foi um dos raros intelectuais negros no Brasil escravocrata do século XIX, o único autodidata e o único a ter passado pela experiência do cativeiro. Sua vida foi baseada na luta pela abolição da escravidão e pelo fim da monarquia no Brasil. Em 24 de agosto de 1882, Luís Gama faleceu pelas consequências de ser diabético, seis anos antes da concretização de suas causas. Seu enterro foi um grande acontecimento acompanhado por 4000 pessoas em São Paulo.
Em 2015, a OAB (Ordem de Advogados do Brasil), lhe concedeu o título oficial de advogado.
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