Entre a escravidão e a liberdade.
"Se os Negreiros do Parlamento não tratarem de Libertar já estes pobres escravos de 60 anos, nós o povo, os libertaremos!" Charge da "Revista Ilustrada" representado as manifestações de rua na corte Imperial a favor da aprovação da Lei do Sexagenário em 1885.
Através da iniciativa individual, das organizações abolicionistas e do Fundo de Emancipação cerca de 10.000 escravos foram Alforriandos pelo Brasil durante o debate da assinatura da Lei do Sexagenário. Como foi o caso de Guardiano, de 60 anos, tornou-se forro pelo Barão de Itabira "por ter me servido com amor e lealdade" Francisca, de 50 anos, foi beneficiada com a alforria, sem ônus, por ter fornecido aos seus proprietários, Joaquim Inácio Ramos e sua mulher Manuela Joaquina do Espírito Santo, "muitas crias"
A adoção da Lei dos Sexagenários produziu poucos efeitos práticos, visto que somente uma minoria dos escravos brasileiros possuía mais de 60 anos de idade. Muitos dos escravos também tinham idade incerta, como o caso de Luiza, "com idade entre 50 e 60 anos" pertencente a Maria Joaquina de São José, teve sua carta de alforria avaliada em Rs 180$000
Em 1887, em um universo de 723 mil escravos, apenas 28,8 mil possuíam mais de 55 anos de idade.
A pressão sobre o Parlamento se intensificou a partir do chamado Projeto Dantas, uma proposta do ministro e senador liberal Sousa Dantas, em 1884. Os escravocratas reagiram com tanto rigor que a lei só foi aprovada em 1885, com uma série de emendas, e após aumentar o limite de idade do cativo de 60 para 65 anos. A maioria dos sexagenários estavam localizados nas províncias cafeeiras, o que explica a resistência na Câmara e no Senado. Em 1888, entretanto, a Lei Áurea acabou legalmente com a escravidão. Fonte: Entre a escravidão e a liberdade: as alforrias no século XIX (1840-1888)
(((Copiei e colei achei interessante)))
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